Homenagem ao Soldado do Exército
O Cap R1 OTÁVIO GERALDO REICHERT, militar que serviu no 1° Batalhão de Comunicações, elaborou uma poesia em homenagem ao Soldado do Exército, transcrito abaixo:
SOLDADO DO EXÉRCITO
Autor: Cap R1 OTÁVIO GERALDO REICHERT
Marcha, soldado, cabeça de papel!
Se não marchar direito, vai preso no quartel.
O quartel pegou fogo, seu Francisco deu sinal.
Acode, acode, acode a Bandeira Nacional!
Brincando na infância... ele sonhou ser soldado!
E mesmo ainda menino já norteava seu destino.
Viu, nos Sete de Setembros, desfilarem além quartéis.
Viaturas, canhões, corcéis da sua pátria querida.
Vendo as tropas aguerridas voluntariou-se à Nação.
Certo dia o coração pulsou mais forte no moço:
ao vestir a Verde-Oliva num quartel em alvoroço.
E o raso soldadinho aprendeu nas instruções.
Grupamento e Pelotão, Companhia e Batalhão.
Que o “Marcha, soldado, cabeça de papel”
Era o militar fiel cumpridor dos seus deveres.
Um sobre herói dos poderes com denodo varonil.
Por liberdade se prende para amparo do Brasil.
E “o quartel pegou fogo” com o toque da alvorada.
“Seu Francisco deu sinal” em alerta nacional.
Desde antanho somos “Chicos”, e nesta aura, imortais.
Da caserna os ideais com duradoura vigília.
Deixando o lar e a família, combateu-se além-fronteira.
Pela América e Europa, se acudiu nossa bandeira!
Seja um ano, oito ou trinta, irmãos de arma e serviços.
Por expresso amor à terra quer a paz treinando guerra.
Nosso tempo é passageiro, permanece o estandarte.
Norte a Sul, o baluarte se desfralda em liberdade.
Sol ou chuva, tempestade, segue firme! Segue avante!
Nos elos se faz corrente do soldado ao comandante.
Sempre triste a despedida daquilo que se quer bem.
A memória, a existência, na alma se faz essência.
Esquece rondas, as dores, do cansaço e das rotinas.
Busca a farda nas matinas, matutando vaga ao léu.
Para ele um troféu, o limbo que orienta o norte,
e como último pedido, quer vesti-la após a morte.
Certo dia, já grisalho, se parou frente ao quartel.
Com ares de reverência, fez Sentido e Continência!
Guarda alerta, silenciosa, narrou que o velho soldado,
neste ato emocionado deixou lágrimas correr.
Deu Meia-volta Volver, e assim como que solito,
rompendo marcha ordinária cantou para o infinito!
Marcha, soldado, cabeça de papel!
Se não marchar direito, vai preso no quartel.
O quartel pegou fogo, seu Francisco deu sinal.
Acode, acode, acode a Bandeira Nacional!
Fotos/ Créditos: 3° Sgt Mousquer 1º B Com